De dores

De dores se fez vento
brisas de sonhos
encantando almas perdidas.
De dores se fez canto
entoando esperança
num compasso de angústias.
De dores se fez caminho
estrada de ferro
entre vales e abismos.
De dores se fez vida
moldada em desespero
com o canto que ouvia.
De dores esculpiu sonhos
com as pedras do caminho.

© Vilma Machado
Do livro “Da rota in…certa”

Dedico este poema a minha prima.

La mente del poeta

Espacio y tiempo
instrumentos mágicos del alma
donde nuestras vidas arden
poblando el tiempo robado
El destino
no hace acuerdos
impone a cada uno su precio
Mas el poeta
acaso descifró el universo
y en un puro reposo de la mente
no cesará de sonãr.

© Vilma Machado

No sopé da alvorada

Num grito mudo a humanidade assiste
o Teatro da dominação.
A sinfonia acompanha
o canto que já não canta
e num compasso de tempo sem espaço
a rima que já não versa.

No sopé da alvorada
livre das peias do medo
renasço no silêncio da existência
mergulhando no ventre da terra
reescrevendo enredos
escancarando as janelas da vida para o mundo.

Sou eu,
que me venha pois o outro
e na loucura de ser
eu e o outro
encontraremos a razão
e juntos seremos o todo.

©Vilma Machado

Blog no WordPress.com.

Acima ↑